um grão de milho.
A barata no chão
e um ombro amigo.
Que sou eu se não essas pequenas passagens?
Nem um título,
Nem um título,
nem um cargo.
Só um homem
do meio do mato.
O chão que eu piso,
o chão que eu ando,
o chão que é liso,
mas vivo pisando.
Do horário que ouço as galinhas cantarem
até quando eu apago as luzes,
tudo que eu faço
por debaixo dos panos.
Vai passar
a barata no chão,
eu na terra
o milho no pão.
Num piscar de olhos,
vai acabar,
parar
e será como se não tivesse sido.
Guilherme Schnekenberg
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